Política e Planejamento Social
Odária Battini1
Os tempos mudam no devagar depressa dos tempos
(Guimarães Rosa)
É preciso, pois avançar com compromisso ético-político e competência teórico-instrumental
Este texto foi inspirado no debate oferecido pelo conjunto da sociedade paranaense que se envolve direta ou indiretamente no processo de implementação da política pública de assistência social, capitaneada pelo Estado – que tem primazia na condução da coisa pública - com a participação de técnicos, gestores e representantes da sociedade e das instituições. Traz como solo o aprimoramento do compromisso e da competência, teórica, ético-política e técnico-operativa dos sujeitos que movem aquela política, com a finalidade de contribuir na construção de um novo patamar de conhecimento e de socialidade na esfera pública. Considera a processualidade que impulsiona essa prática, desde a promulgação da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e, mais recentemente com a implantação do SUAS –
Sistema Único de Assistência Social, no Paraná, na defesa intransigente dos direitos. Na totalidade do debate2 tomamos como centro desta reflexão: a identificação do significado técnico e ético-político da prática do planejamento e/ou a falta de domínio desse instrumento de gestão por parte de significativa parcela dos sujeitos envolvidos na condução da política de assistência social, ao nível municipal. Nesse rumo, duas questões restaram inscritas no exercício sócio-profissional e que configuram o ponto de partida para a presente reflexão, na perspectiva da sua superação: 1
Assistente social, professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina/Paraná, mestre e doutora pela
PUCSP, pesquisadora do CNPq e PUCPR, Presidente do CIPEC – Centro Interdisciplinar de Pesquisa e
Consultoria em Políticas Públicas.
* Texto revisado. Originariamente texto subsidiador do debate oferecido aos