Política e estigmas sociais: o papel da mídia na luta por reconhecimento e justiça
Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes
Bolsista do CNPq: Júlia Tami Ishikawa
Curso: Jornalismo 6º semestre
RESUMO
Em geral, os principais conflitos contemporâneos em torno da justiça trazem os estigmas em sua base, sustentando-os, em uma grande narrativa, ou em um grande tema ao longo da história, apresentando certa invariância, (diferenças geracionais, sexo, vida/morte, política, religião, cultura, etnia), extrapolando os dilemas clássicos da academia. Esse grande tema sobre a justiça e política social pareceu modificar-se pouco ao longo do tempo, o que mudou mesmo foram as pequenas narrativas que o recobre, sua superfície. Alguns exemplos dessas transformações podem ser retirados das mídias: morte (aborto, doenças, drogas, álcool, suicídio); sexo homossexualidade, prostituição, revistas masculinas; gerações (adolescentes, jovens, crianças, idosos); religião (evangélicos, pentecostais, seitas, esoterismo); criminalidade (presídios, crime organizado, sequestros); classe social (pobreza, moradores de rua, elites); raça (negros, japoneses, brancos); saúde (obesidade, anorexia, bulimia, dietas); política (corrupção, esquerda X direita, partidos políticos); violência (crimes hediondos, televisão, vida urbana), etc.
Entretanto, para verificar essa dimensão temporal estendida (invariâncias e variações) é imprescindível acompanham essas transformações que ocorrem constantemente em diferentes partes do mundo. Esses conflitos sejam eles sociais, políticos, econômicos ou religiosos, envolvem interesses que se mesclam em sociedades cada vez mais heterogêneas e multiculturais. Na luta por reconhecimento cultural e pela valorização das identidades, assim toma formas cada vez mais definidas e exige uma reflexão atenta para processos específicos deste novo século.
Conclui-se então que, se trata de um grande processo dependente de vários outros níveis sociais que não