Política educacional
Na sociedade democrática, ao contrário do que ocorre nos regimes autoritários, o processo educacional não pode ser instrumento para a imposição, por parte do governo, de um projeto de sociedade e de nação. Tal projeto deve resultar no próprio processo democrático, nas suas dimensões mais amplas, envolvendo a contraposição de diferentes interesses e a negociação política necessária para encontrar soluções para os conflitos sociais.
Não se pode deixar de levar em conta que, na atual realidade brasileira, a profunda estratificação social e a injusta distribuição de renda têm funcionado como um entreve para que uma parte considerável da população possa fazer valer os seus direitos e interesses fundamentais. Cabe ao governo o papel de assegurar que o processo democrático se desenvolva de modo que esses entraveis diminuam cada vez mais. É papel do estado democrático investir na escola, para que Lea prepare e instrumentalize crianças e jovens para o processo democrático, forçando o acesso a educação de qualidade para todos e as possibilidades de participação social.
O ensino de qualidade que a sociedade demanda atualmente expressa-se como a possibilidade de sistema educacional vir a propor unia pratica educativa adequada as necessidades sociais, políticos, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, criticas e participativos, capazes de atuar com competência dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem .
O interior de um sistema de ensino
A vida interna de um sistema de ensino é em grande parte moldada por sua própria lógica, sua dinâmica e seus hábitos. Ela é também muito influenciada pelas pressões, restrições e desafios do mundo exterior.
Uma vez que os componentes internos de um sistema de ensino formam um organismo bastante complexo, profundamente humano e moldado por muitas mãos, em primeiro