POLOCENTRO
Apesar do POLOCENTRO ter sido um programa voltado para abertura de fronteira agrícola, as políticas favoreceram os grandes e médios produtores em detrimento dos pequenos. Na realidade, foi um programa para o estímulo da média e da grande agricultura empresarial, mediante o fornecimento de crédito subsidiado, de assistência técnica e da remoção do obstáculo ao seu funcionamento. A pequena agricultura das áreas atingidas quase não foi beneficiada. Os objetivos do POLOCENTRO, “enunciados nos seus documentos básicos, foram desvirtuados pela ação de setores influentes, que conseguiram voltar a administração do programa a seu favor” (MULLER, 1990, p.55).
O maior impacto do POLOCENTRO na região Centro-Oeste ocorreu no estado de Goiás, especificamente em Rio Verde, onde segundo Muller (1990), 42% da área dos cerrados foram incapacitadas ao processo produtivo, com destaque para a soja.
O homem como um ser social, sempre interferiu nos recursos naturais para garantir a sua sobrevivência, criando novas situações ao construir e reordenar os recursos físicos na implantação de cidades, estradas, desmatamentos, atividades agrícolas, dentre outras.
A ocupação humana na região Centro-Oeste se deu inicialmente, pelo extrativismo e em seguida pelo uso do solo em diversas atividades, ocasionando os primeiros impactos ambientais aos recursos naturais minerais e às populações nativas que habitavam a região.
Com a decadência da mineração e a ampliação das atividades