Politicas
Ainda que tantas barreiras culturais continuem resistindo, não há quem duvide da notória evolução da mulher no mercado de trabalho. A cada dia elas ocupam mais postos, conquistam melhores salários e ocupam mais cargos de liderança. No entanto, enaltecer as qualidades femininas em detrimento das masculinas não é o melhor caminho para que as portas continuem se abrindo para a transformação da sociedade.
“É preciso reconhecer as diferenças, e não promovê-las” diz o psicólogo e mestre em Cognição Humana, Fernando Elias José, que atua como consultor comportamental em diversas empresas. Nesta entrevista ao Portal HSM, ele defende que a presença da mulher no mercado de trabalho deve ser vista com maior naturalidade e que a sociedade não pode alimentar a guerra dos sexos. O avanço das mulheres no mercado de trabalho está acontecendo por que as empresas estão valorizando características específicas do gênero feminino no perfil de seus funcionários ou por que a mulher elevou sua qualificação profissional em comparação aos homens?
Acredito que os dois casos ocorrem com bastante frequência. Dentro da experiência que obtive nas empresas em que atuo, a escolha dos funcionários leva em conta a qualificação técnica, independentemente de se tratar de um candidato do sexo masculino ou feminino, observando-se ainda outras características pessoais. Mas sabemos que existem muitas empresas darão preferência para mulheres, por conta de suas características. Mas existem também empresas que irão considerar que a candidata está em desvantagem por ser mulher?
Vejo que as empresas enxergam muito mais as vantagens do que as desvantagens. Os homens, evidentemente, também levam vantagem em algumas áreas. O que precisa ficar claro é que ninguém deve querer ocupar o lugar de outro. A pessoa deve ocupar o lugar que é dela. Não podemos retroceder alimentando uma guerra dos sexos. Os tempos são outros e devemos tratar essa