Politicas sociais

A interpretação da evolução das politicas sociais brasileiras, nos leva a uma reflexão sobre as ações implementadas pelo estado com enfoque na proteção social visando a diminuição das desigualdades recorrentes do capitalismo e também sobre a trajetória das lutas sociais que a partir da revolução industrial, por meio das mobilizações das classes operarias reivindicaram seus direitos, os direitos sociais segundo VIEIRA(2004,p.144): “significam antes de qualquer coisa a consagração jurídica de reivindicações dos trabalhadores”.

Neste contexto a politica social serve de mediação entre as demandas sociais e as ações organizadas pelo estado no enfrentamento das questões sociais. A intervenção do Estado conhecida como medida de politicas sociais consistia na implementação de assistência social, de prestação de serviços sociais, que contemplava uma diversidade de informações e ações, como adoção, internamento, reabilitação, consultas medicas, atendimento psicossocial, reinserção social, as medidas jurídicas também eram compreendidas como politica social; por exemplo, a proteção do consumidor e a normatividade dos procedimentos educativos. Segundo Faleiros (1980, p.57):
“esses domínios de intervenção são denominados sociais por questões históricas e ideológicas. O fato de apresentar como social uma medida politica governamental, faz com que pareça boa a população. Assim quando o governo fala de prioridades sociais, de prioridades humanas, aparece como defensor das camadas pobres, ao mesmo tempo em que se oculta e escamoteia a vinculação dessas medidas à estrutura econômica e à acumulação de capital”.

No contexto do capitalismo a politica social baseava-se na manutenção da “ordem social”, tendo como função reintegrar os indivíduos (desviados sociais) à sociedade.
Ao longo da recente historia brasileira referente às politicas sociais, constam vários marcos relevantes que caracterizaram-se ,de modo geral, como elementos periféricos no sistema de repressão