politica
Sete Lagoas
2014
FOLHA DE ROSTO
SUMÁRIO
A Semiolinguística e os gêneros textuais: algumas reflexões pertinentes
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, como podemos observar, a temática gêneros é um assunto bastante recorrente nas pesquisas acadêmicas da área da linguagem. Eles já estiveram nos estudos da Retórica Aristotélica – por meio dos gêneros epídictico, judiciário e deliberativo –, na Literatura – por meio dos gêneros épico, lírico e dramático –, e mais recentemente estão na Lingüística Textual – em proposições sobre leitura e produção de textos –, e na Lingüística Aplicada – por insistência das novas orientações pedagógicas propostas pelos PCN´s (1998) e pelos CBC-MG (2005) que orientam o ensino de língua materna para o trato com os gêneros textuais em sala de aula.
A problemática teórica central dos gêneros, por muito tempo, se circunscreveu na problematização da dicotomia gênero textual versus gênero discursivo, que a muito tempo já foi superada2. Mesmo assim, cabe-nos dizer, conforme propõe João Bosco dos Santos (2004) em artigo sobre o tema, que a problemática dos gêneros gira em torno da dicotomia entre a generalização versus a unificação. “Se por um lado existe uma necessidade positiva, sistêmica, lingüística-estrutural de conjugar os gêneros em torno de uma regra de traços e funções, por outro lado, caminha-se na direção das movências de sentido, fundadas nas condições de produção dos discursos e na referencialidade polifônica dos sujeitos ao se inscreverem nos discursos.” (SANTOS, 2004, p. 330-331). Charaudeau (1999) também nos informa sobre essa mesma tensão discutida por Santos (2004) ao dizer que os estudos de gêneros tendem: ora a enfocar a problemática da língua