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Quando a criança ingressa na escola, já possui a capacidade de praticar atos de fala – transmite mensagens orais através das quais os ouvintes tomam consciência das suas intenções. A tendência imediata da criança é produzir textos escritos bastantes semelhantes àqueles que produz na fala. A criança é, naturalmente, uma “contadora de histórias”. É através da história que a criança expressa a sua visão de mundo, a sua experiência e, principalmente, desenvolve a capacidade de descentração, ou seja, de sair de si mesma.
É bastante comum que o professor alfabetizador, preocupado com a correção ortográfica, iniba esta capacidade natural da criança. É necessário que, ao contrário, o professor incentive a criação do texto espontâneo, dando assim, margem ao desenvolvimento da capacidade de expressão da criança.
Observe abaixo, o texto produzido por uma criança de 2o. ano do Ensino Fundamental:
Texto escrito pela criança
Texto traduzido com correção ortográfica Era uma vez uma bela ador mesida que xamava Elizabéte apa receu umbripi abechou tivagarinho e oseste anãodimirarão é lalevãotou e falou quei é você eu sou abrisipi um brisipe obrisipi falou euquérocaza com vose eu tabeiquéro cazar com você viverão fezes para sebre na casté lo cazarão parasebre.
Era uma vez uma bela adormecida que se chamava Elizabete. Apareceu um príncipe que a beijou devagarinho e os sete anões se admiraram. Ela levantou e falou:
– Quem é você?
– Eu sou um príncipe.
O