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A vírgula, do mesmo modo que os demais sinais de pontuação, exerce três funções básicas:
·Marcar as pausas e as inflexões da voz na leitura; (A lenda que relaciona uso da vírgula com respiração nasceu dessa função que ela desempenha, mas não há que se confundir entoação verbal com respiração, certo?).
·Enfatizar e/ou separar expressões e orações;
·Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambigüidade.
Antes de falarmos especificamente sobre os casos de uso da vírgula, é melhor esclarecermos quando ela não deve ser empregada. Para isso, é preciso que você saiba que o período segue uma seqüência lógica, também chamada de ordem direta ou ordem habitual, a saber: sujeito -> verbo -> complemento -> circunstâncias. Entenderam agora a necessidade de dominar a análise sintática? Bom, seguindo essa seqüência, sem interferência, não há vírgula, isto segundo a maioria dos gramáticos. Digo “maioria dos gramáticos” porque alguns afirmam que ela seria optativa antes das “circunstâncias” ou, gramaticalmente falando, antes dos adjuntos adverbiais. Ex: Os policiais militares desencadearam a operação lei seca durante o jogo da seleção brasileira. (ordem direta, sem vírgula).
A vírgula é usada sempre que desejarmos:
* Separar topônimos (nomes próprios de lugar) seguidos de data:
São Paulo, 12 de novembro de 2009.
* Isolar termos dispostos em enumeração:
Fomos ao cinema, tomamos sorvete, visitamos o bosque e depois voltamos para casa.
* Separar expressões explicativas, continuativas ou corretivas (relativas à correção de algo), tais como: isto é, por exemplo, aliás, etc.:
Amanhã, ou melhor, depois de amanhã, viajaremos para a casa de meus avós. (ideia de correção)
São muitas as utilidades da vírgula, por exemplo: separar elementos expressos numa ideia. (ideia de explicação)
* Separar o aposto e o vocativo:
Beatriz, amiga de minha prima, recebeu a premiação. (compreendemos que o termo que aparece entre vírgulas é o aposto)