politica
Vladimir Furtado de Brito[1]
“Sim, mas todos aqui, a seu jeito, são partidários das novas verdades. Se elas não lhe interessam, o senhor não deveriavir conosco.”
“Insisto em que não tenho a menor idéia de quais possam ser. No mundo, até hoje, só encontrei velhas verdades..., tão velhas como o sol e a lua. Como posso conhecê-las? Será para mimuma oportunidade de conhecer Boston.”
“Não se trata de Boston, mas da humanidade!”
Henry James, Os bostonianos
1 - INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é discutir as alternativas estratégicaspara o Brasil neste novo século que se inicia. A maioria dos analistas concorda que o século XXI está começando com a consolidação, expansão e institucionalização de blocos comerciais globais, asaber, o Nafta, o
Mercosul, provavelmente a Alca, a União Européia (U.E.) e os países da Asean-pacífico capitaneados pelo Japão. Também, a entrada da China na OMC e a opção russa em participar daeconomia mundial abrem novas possibilidades de trocas comerciais, financeiras e tecnológicas, como a existência de potências regionais, a saber, Coréia do Sul, Índia, África do Sul, México e a própriaAmérica Latina, indicam diversas possibilidades de integração mundial.
Além disso, o processo de globalização, entendido como na definição de Nye[2], como um crescimento das redes mundiais deinterdependência, está se tornando cada vez mais evidente que, com o desenvolvimento de novas tecnologias de transportes e comunicações, está tornando difícil à volta de práticas de políticas decrescimento econômico e social sustentável e de longo prazo que envolva protecionismos, reservas de mercado e outras políticas de cunho isolacionistas.
Diante disso, a pergunta que se coloca é: qual a melhorestratégia possível para o Brasil conseguir melhores condições internacionais de crescimento econômico? Procuraremos responder, primeiramente, com uma análise sintética do estado atual