politica
Por outro lado, prevalecem também as sociedades tradicionais, cujo Estado e seus aparatos estão ausente. Nelas o poder central se traduz concretamente em proveito da coletividade, seguindo a população sua vontade própria e descartando a possibilidade de subversão. Dentro dessa perspectiva o poder maior é sempre servidor, nunca senhor da nação.
Seguindo esse contexto histórico do pensamento clássico, as sociedades são classificadas segundo o pertencimento ou não ao Estado. Aquelas que o contem vivem à civilização, enquanto aquelas que não o elegeram estão fadadas ao atraso continuo e sem volta. Uma visão mecanicista e etnocêntrica que despreza o pensamento sócio-cultural da humanidade.
E dentro desse panorama, se questiona como anda a realidade brasileira. O prezado leitor acompanhe comigo.
Já na segunda metade da década de 70 as relações entre estado e sociedade começam a tomar novos rumos dentro do circuito político. Os movimentos sociais através das associações de bairros, movimento em defesa da mulher entre outros, entram em ação para exigir mais do governo em termos de participação e decisão. E nessa mesma vertente verificamos a movimentação entorno da famigerada “Diretas já”, onde se precisava conquistar o direito de votar e escolher nossos governantes, de maneira que se esperava converter a realidade brasileira.
De forma ampla, toda essa mobilização resultou na constituição de 1988 que em seu artigo 204 prevê a “participação da população por meio de organizações representativas na formulação de políticas e no controle de ações de todos os tipos” abrindo espaço para que