Mas a partir do confronto entre essas ideia e a realidade percebemos que isso não se cumpre, observamos também que o que de fato ocorre é o que também é estabelecido por Saviani, com base em autores com Althusser: uma educação alienante, que não serve, e que jamais serviu para os interesses, sociais, das camadas menos abastas, mas que atende aos interesses burgueses, é um instrumento de dominação, uma dominação intelectual, sem armas, sem violência real, mas que possui um efeito catastrófico. A educação segundo, as teorias crítico-reprodutivistas como foi proposto por Saviani (1983) não tem por escopo o bem comum, a ascensão social, mudança no patamar econômico das pessoas, a redução da miséria ou qualquer outra coisa que comumente é atrelado a ela, pelo contrário ela serve para atingir o interesse das camadas ricas, para aumentar a apropriação dos direitos e da força dos trabalhadores. O sistema educacional sob está perspectiva atua para alienar o trabalhador, para destruir suas possíveis ideias de lutas, de consciência de classe e para os demais fatores que em coesão poderiam servir para uma reação dos trabalhadores, usa-se a educação para interiorizar no trabalhador ideias típicas burguesas, ideais que agirão apenas em favor das classes que já são dominantes, e é claro que tudo isto é feito de forma não perceptível, e isto é tão comum e frequente, que para as pessoas “comuns”, e até para os professores não críticos, outra forma de ensino é inexistente. E todo este ensino alienante é feito junto com o ensino básico, o mínimo necessário para ser um bom expropriado. Aceitamos essa dominação como normal, já que não conhecemos outra, tomamos tais concepções como verdadeiras, como norma intrínseca aos nossos atos, objetivos educacionais e profissionais. E é interessante observar como as ideia que servem aos dominantes se tornam ideologias, tidas como normas, e aquelas que trazem ideias diferenciadas, que mostram-se mais próximas a