Politica
Marilena Chauí é professora de História da Filosofia e de Filosofia Política da Universidade de São Paulo, autora de mais de dez livros. Fez parte da política, sendo secretária Municipal de Cultura de São Paulo no governo de Luiza Erundina (1989-1992). Tem bastante influência sobre o ramo da Filosofia, sendo presidente da Associação de Estudos Filosóficos do Século XVII. Seus livros revelam temas principalmente filosóficos, como ideologia, ética, senso comum, mitos e outros fatores influentes na vida do homem.
A autora Marilena Chauí começa o livro falando da teoria das quatro causas de Aristóteles, as quais explicam o movimento, que para os gregos é toda e qualquer alteração de uma realidade, seja qual for estas teorias são uma tentativa para dar explicação ao problema do movimento, uma concepção metafísica para explicar os fenômenos naturais e humanos.
Para os filósofos gregos, movimento era qualquer alteração da realidade, seja ela qual for. Com base nisso, Aristóteles elaborou a teoria das quatro causas. Era uma tentativa para dar explicação ao problema dos movimentos. Então, as diferentes relações entre as quatros causas explicam tudo que existe, o modo como existe e se altera, e o fim ou motivo para o qual existe.
O trabalho era colocado como um elemento casual secundário e inferior, por Aristóteles. A ideologia tem como traço usar as idéias como independentes da realidade teórica e histórica. Ao elaborar sua teoria, o teórico julga estar produzindo idéias verdadeiras. O ideólogo seria então aquele que inverte as relações entre as idéias e o real. No plano da metafísica é conservada a causa final, pois esta se refere à ação dos homens se relacionando entre si e com a natureza.
O processo histórico não é sucessão de fatos no tempo, não é progresso das idéias, mas o modo como homens reais criaram os meios e formas reais para a sua existência social. No entanto, tende a esconder dos homens o modo real de como suas