POLITICA
Carvalho atuou no Supremo por benefício para petista
Clarissa Thomé | Agência Estado
Tags: mensalão Genoino STF @estadaoconteudo
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O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse na sexta-feira que pediu a interferência de ministros do Supremo Tribunal Federal para que o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, concedesse permissão ao deputado federal licenciado José Genoino para se tratar em casa ou no hospital. Conforme Carvalho, que não especificou com quais ministros falou, a família e os companheiros do PT estavam chegando "às raias do desespero" por causa do estado de saúde do petista.
Genoino passou por cirurgia cardíaca em julho e sofreu um acidente vascular cerebral. Desde quando se entregou, no dia 15, o deputado sentiu-se mal no deslocamento para Brasília e na prisão. Na quinta, ele foi encaminhado ao Hospital das Forças Armadas. Horas depois, Barbosa liberou Genoino para tratamento fora do Complexo Penitenciário da Papuda.
"Estávamos absolutamente tensos porque quem tem acompanhado a saúde do Genoino sabia que ele estava em uma situação muito difícil. Junto com a família estávamos chegando às raias do desespero, a ponto de falarmos com vários outros membros do Supremo pedindo que nos ajudassem nessa questão. Não é possível que um país democrático como o Brasil pudesse perder uma pessoa (dessa maneira). A vida dele estava em risco."
O ministro petista disse esperar que no caso de Genoino "prevaleça o bom senso". "Tudo indica que ele tem essa possibilidade da prisão domiciliar para ser tratado. A nossa esperança é que prevaleça o bom senso, mas não entro nesse mérito porque esse mérito é do STF e tem que ser respeitado."
Carvalho afirmou ainda que o ex-presidente do PT é uma "referência ética". "Ele nunca se apropriou de nada para ele e chega à idade em que está sem ter nenhuma posse, nenhuma acumulação. Ao contrário, é referência de ética para nós."