Politica social
. Vânia Dutra, Doutora em Serviço Social pela UERJ
Em tempos de mundialização do capital, órgãos financeiros, com destaque ao o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no período de 1994-2002, desenvolveram estratégia política, econômica e social, através de dois caminhos: empréstimos de emergência e ênfase na modernização do Estado como forma de elevar a capacidade governamental de gerir políticas públicas. Nesse período, o combate à pobreza e a promoção de melhor distribuição de renda ganharam amplitude, com a introdução do apoio à saúde (Averburg 2003). Estas ações visavam atenuar o agravo das expressões da questão social. Para o consultor do BID, Bernard Kliksberg[1] (1997 e 2002), a resposta para o enfrentamento da desigualdade social, do círculo perverso da exclusão na América Latina, onde 50% da população se mantinha na pobreza com auto-reprodução da exclusão, se situa no enfretamento de três elementos: as políticas públicas não eficazes, a desigualdade e a corrupção. Enfrentar estas questões deve ser o desafio da política social contemporânea proposta por Kliksberg, em total confluência com uma das respostas do capitalismo organizado para conter as crises cíclicas gestadas em seu interior. Daí decorre, o giro das políticas governamentais preocupadas com o gerenciamento das políticas sociais. Para o autor, existem erros muito significativos na aplicação das políticas públicas dos governos que se dedicaram à teoria do derrame, crescimento econômico sem desenvolvimento social. O crescimento econômico sozinho não basta, tem que saber a quem esse crescimento está beneficiando, que áreas estão dinamizando, quais são os impactos sobre os diversos setores da sociedade. O caminho para o desenvolvimento integrado são