politaca
Não creio que seja muito fácil responder a esta questão, especialmente porque os exemplos de ordem prática são muito escassos, além de que muitas vezes não são significativos. A rebelião dos jovens, por exemplo, contra os padrões sociais estabelecidos costuma fazer-se de modo estabanado e pouco crítico; agem apenas no sentido oposto ao que lhes é proposto, numa atitude mais emocional de se mostrar independente - coisa só necessária para quem não o é - do que por discordância refletida dos padrões convencionais. São tratados como um misto de repreensão e condescendência, pois se espera que tais atitudes anticonvencionais sejam de pouco fôlego, como de fato costuma acontecer. Outros se encaminham numa direção claramente delinquencial, agindo com violência contra pessoas ou praticando crimes comuns - roubo, por exemplo, estas atitudes são muito freqüentemente facilitadas pelo uso sistemático de drogas, coisa que não tem nada em comum com as propostas de liberdade humana que me venho propondo a descrever.
Acredito que sejam válidas algumas observações sobre o movimento de jovens mais conseqüente dos últimos tempos e que se deu durante a década de 60: Os hippies. Uma geração de pessoas que se insurgiu contra o modo como vía encaminhar-se a sociedade ocidental: novas guerras por causas muito duvidosas e agravamento da busca desenfreada de bens de consumo, ativando a competição entre os homens e os distanciando uns dos outros. Não creio que tenha sido um movimento muito bem organizado, do mesmo modo que não se devem desprezar as bases pessoais para tal postura (desejo de fugir da guerra, fascínio pela liberação sexual incipiente, etc.). Porém, uma atitude de crítica à ordem social