Polinização de morango com jataí
Kátia Sampaio Malagodi-Braga1; Mauricio da Cunha Mathias2
1 Bióloga,
consultora em polinização e manejo de abelhas; 2 Engenheiro agrônomo e consultor;
E-mail: ksmbraga@yahoo.com.br; E-mail: mauriciomathias@hotmail.com
INTRODUÇÃO
As abelhas de mel (Apis mellifera) são consideradas o principal polinizador do morangueiro e são manejadas em diversos países para a polinização [4]. No Brasil, a abelha jataí
(Tetragonisca angustula) tem se revelado um polinizador eficiente do morangueiro em estufas [1, 2 e 5].
Para o morangueiro, sabe-se que as diversas cultivares variam em sua capacidade de autopoplinização e, portanto, em sua dependência da polinização por insetos. Em uma cultivar, quando essa dependência existe ela geralmente é maior nas flores que originam os frutos grandes. Conhecidas como flores primárias, estas flores possuem mais óvulos e por isso podem exigir um maior número de visitas para serem completamente polinizadas [3, 6].
Frutos cujas flores foram completamente polinizadas não apresentam deformações e aproximam-se do seu potencial máximo de desenvolvimento, beneficiando a produção.
OBJETIVO
Avaliar o efeito da introdução de colônias de jataí na produção de morangos em campos de cultivo comercial.
MATERIAL E MÉTODOS
Em março de 2007, no centro de duas áreas com cultivo orgânico de morango, em Jarinu (SP), foram instalados dois ninhos de jataí. Em uma, utilizou-se a cultivar Aleluia (AL) e, na outra, a Oso Grande (OS).
Semanalmente, os botões florais primários foram marcados até obter-se cerca de 100 para os tratamentos sem incremento na polinização - TSI (polinização natural) e com incremento na polinização - TCI (após a presença da jataí nas flores). Para o teste de autopolinização espontânea utilizou-se cerca de 10 botões florais primários.
Os botões florais etiquetados foram acompanhados até a colheita,