Polimorfismo Assoalho pélvco
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POLIMORFISMO NO GEN CODIFICADOR DA CADEIA ALFA 1 DO COLÁGENO I E PREDISPOSIÇÃO A INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇOPALAVRAS-CHAVES: incontinência urinária de esforço (IUE), polimorfismo e assoalho pélvico
INTRODUÇÃO
Incontinência Urinária de esforço (IUE) é definida como qualquer perda involuntária de urina, através do canal uretral íntegro, quando a pressão vesical excede a uretral máxima, provocada por um aumento da pressão abdominal.8,9,12 É o tipo de incontinência urinária (IU) mais freqüente, afetando cerca de 35-50% das mulheres adultas10,12 gerando custos econômicos e sociais elevados.10 Obesidade, menopausa, gestação e partos instrumentais são fatores de risco para o desenvolvimento desta doença.4,9 Atualmente, existem evidências que mudanças no tecido conectivo são fatores etiopatogênicos dos prolapsos genitais e da IUE 4,12
A manutenção das estruturas pélvicas em sua posição anatômica normal depende da integridade funcional do diafragma pélvico, que apresenta dois componentes, um muscular e outro conjuntivo (fáscia endopélvica).5,11 Vários estudos mostram que a frouxidão vaginal pode ser causada por defeitos da própria parede vaginal ou em suas estruturas de suporte, tais como ligamentos,1,13 fáscias1,10 e músculos 5,10.
Músculos, como o elevador do ânus, desempenham um papel importante por manter a angulação adequada da junção de uretrovesical (JUV) e, quando contraídos, fornecem uma força de oclusão adicional na parede uretral. Portanto a fraqueza ou dano destas estruturas pode contribuir à manifestação clínica de IU.1,5,8,10
A fáscia endopélvica é constituída de estruturas de tecido de conectivo consistindo, principalmente, de fibras de colágeno do tipo I e III. 1,3,6,10,13 A estabilidade mecânica do trato urinário depende da integridade destas fibras funcionais de colágeno sendo que, qualquer falha nos mecanismos de biossíntese ou degradação do colágeno podem gerar alterações na qualidade e quantidade destas fibras, e conseqüente perda de