Pojeto de pesquisa
Ao iniciar atuação no Programa TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) no ambulatório de pediatria do Hospital das Clínicas, nossa intervenção se pautou na busca por direitos negligenciados para com a clientela assistida no Programa. São mais de 500 crianças e adolescentes com idades variadas entre 06 e 17 anos, que vem ao longo de vários anos em tratamento a fim de minimizar os sintomas do transtorno que os afetam.
Ao realizar entrevistas com as famílias e diagnosticar seu perfil sócio econômico e cultural, percebemos o quanto é angustiante para estes pais, a discriminação que sofrem seus filhos em todos os ambientes em que convivem, porém, o que mais chama atenção são relatos da discriminação sofrida dentro das escolas, tanto por parte dos profissionais, quanto dos colegas de sala de aula. Outro fato que merece atenção é a angustia dos meninos e meninas, que em sua maioria, convivem com um emaranhado de situações do seu contexto familiar e social, de muitos riscos e muitas faltas, mas que no entanto se declaram felizes e o que relatam como incômodo é exatamente o fator discriminação na escola e a dificuldade para aprender a ler, escrever e fazer contas. Não conseguem entender o que acontece a eles e o porque não acompanham suas turmas, apenas dizem dar um “branco” na hora das provas e de realizar tarefas. Histórias de repetência, suspensão e expulsão marcam suas vidas, mas ainda assim sonham em conseguir aprender e ser alguém, não falam em desistir, por enquanto. Mas até quando ?
O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE:
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) não é meramente um distúrbio comportamental, mas implica em importantes déficits neuropsicológicos que comprometem o desempenho global de crianças e adolescentes, merecendo portanto abordagem terapêutica multimodal, com intervenções médicas, pedagógicas, psicológicas, sociais e familiares.(FERREIRA, 2006).
O TDAH é