Introdução Este ensaio visou estudar e apresentar a poesia concreta de Augusto Campos, observando suas diferentes modalidades artísticas estimulados pela modernidade. Na opinião desse autor, os hábitos do homem moderno exigem que o poema seja “concentrado,” “técnico,” “limpo,” para que se comunique rapidamente, libertando-se das articulações lógico-discursivas da normatividade sintática, utilizando o espaço como elemento relacional de estrutura para alcançar essa libertação. Inspirando amores e ódios, na mesma medida, a Poesia Concreta foi o único movimento literário brasileiro a conseguir repercussão internacional. O Poema Concreto de Augusto de Campos Denominamos por poesia concreta a prática poética, desencadeada na década de 50, que tem como características básicas: a abolição do verso; a apresentação "verbivocovisual", ou seja, dá-se pelo trabalho com as palavras na sua tripla dimensão, os poetas concretistas exploravam as potencialidades semânticas (verbi=significação), fônicas (voco=som) e gráficas (visual=distribuição formal) das palavras no espaço branco do papel a eliminação ou diminuição dos laços da sintaxe lógico-discursiva em favor de uma conexão direta entre as palavras, orientada principalmente por associações paronomásticas. O Concretismo foi um movimento de experimentação, descoberta, renovação e criação literária vanguardistas, por isso foi reconhecido mundialmente e se expandiu pela década de 1960, ganhando novos adeptos. A poesia concreta afastava-se do tradicional ao explorar novos recursos sintáticos, como a sintaxe-espacial; ao apelar para a comunicação não verbal, para a leitura não linear, pois os concretistas pensavam no texto como um enigma a ser decifrado ludicamente pelo leitor. Enfim, a poesia concreta integrava experiências semióticas à criação artística, como elementos das artes plásticas, da música, do cinema e de outras áreas, além da estreita conexão com a linguagem dos meios de comunicação de massa como: