poemas de Hélio Guedelhah

840 palavras 4 páginas
DOIS MONSTROS
HG

Hoje vou engolir em seco
Toda dor, toda a maldade
Vou me dá a esse direito
De perdoar a falsidade
De relevar a ofensa
De passar indiferente
Por quem em sua demência
Sempre age insolente
Achando que não fez nada...
Que o mundo lhe deve desculpa
Que a vida é só uma convidada
Que posa na sua garupa.
Quero despir-me do meu orgulho
Que sei-o é imenso
Quero calar o barulho
De tudo quilo que penso
Não sei se posso querer
Nem sei se tenho o direito
Mas quero subverter
A lança que vara meu peito...
Tudo, tudo é consequencia
Do que vivemos e acreditamos
O monstro da prepotência
Se constrói durante anos,
Alimentando-se de coisa ruim
Dois monstros que se condenam
Que se envenenam por fim.
O monstro da arrogância
E o da intolerância
Dois companheiros de infância
Que crescem dentro de mim.

Hélio Guedelhah

MINHA NECESSIDADE? HG
Eu não preciso de pessoas,
Não preciso de esposa
Não preciso de irmãos
Coisas vãs, coisa a toa...
Apenas uma compensação.
Não preciso de lei,
Não preciso de justiça,
Muito menos de polícia.
Se eu for mais além,
Não preciso de ninguém
Não vou a culto nem missa.
Por que não preciso de fé...
Não preciso de sorte,
Desacredito da morte
E da salvação até...
Sou então, um cara associal...
Portanto, não sou normal,
Estou apenas vegetando.
Ao afrontar seus conceitos
Você me encheu de defeitos
E até me excomungou.
Porém, tenho direito a defesa
Nesse tribunal egrégio
Eu não quero privilégio
Quero apenas à minha mesa
Tudo... tudo o que preciso
De um amor e um amigo
De alguém que me ame
E outro que me queira.

Hélio Guedelhah

Quanta saudade

Não sei onde vamos chegar
Sabe-se lá onde vamos parar
Os adultos deixaram de pensar
E a juventude não tá nem aí
Eu vou me mandar
Eu preciso fugir...
Embora pra qualquer lugar!
Vou voltar pra caverna
Pra era do gelo
Beber na taberna pinga com

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