Poemas da antologia
A pergunta é: Por que ler, hoje, poemas do século XIX?
Ler poemas antigos enriquece o vocabulário e nos faz entender como era a literatura. Com os poemas do século XIX, entende-se quais eram os assuntos do momento e qual era a visão das pessoas dessa época. Exemplo, como se lidavam com o amor, o que era aceitável e o que não era, entre outras coisas. O que foi falado á séculos, continua tocando até hoje e nos faz sentir as emoções da época. O mais importante, acima de tudo, é que as poesias do século XIX, marcam o período do nascimento da nossa literatura. Enriquecendo grandemente a poesia. Nesse trabalho abordaremos os temas: Amor não correspondido e Índio, desenvolvendo três poemas para cada tema, com explicações, bibliografia de seus autores e etc.
Tema: Amor não correspondido
Se se morre de amor (Gonçalves Dias)
Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Compreender o infinito, a imensidade
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores,murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E