poema o encoberto
“O Encontro”
Estrutura da Obra
PARTES
A Mensagem divide-se em três partes fundamentais:
1.ª Brasão (nascimento) – Fundação da nacionalidade e presença de heróis lendários e históricos, de Ulisses a D. Sebastião, passando por D. Afonso Henriques e D. Dinis 2.ª Mar Português (realização) – ânsia do desconhecido e luta contra o mar. Apogeu dos portugueses nos Descobrimentos 3.ª O Encoberto (morte) – corresponde à terceira parte, onde se insinua que o Rei Encoberto virá, “segundo as profecias de Bandarra e a visão do Padre António Vieira, numa manhã de nevoeiro”. Assim, a terceira parte, é toda ela um fim, uma desintegração; mas também toda ela cheia de avisos, de forças ocultas prestes a vir à luz depois da “Noite” e “Tormenta”, dando origem ao novo ciclo que se anuncia: o apelo e ânsia da construção do Quinto Império
Estas três partes conduzem à ideia de renascimento futuro do país
Terceira Parte:
O ENCOBERTO
Os Símbolos
D. Sebastião
O Quinto Império
O Desejado
As Ilhas Afortunadas
O Encoberto
Os Avisos
O Bandarra
António Vieira
’Escrevo meu livro à beira-
-mágoa.
Os Tempos
Noite
Tormenta
Calma
Antemanhã
Nevoeiro
OS SIMBOLOS
O ENCOBERTO
O ENCOBERTO
Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa que é o Cristo.
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.
ANALISE
Este poema é uma sucessão de referências cruzadas a mística rosicruciana. Os Rosa-Cruz foram uma sociedade secreta cujas origens remontam ao seculo XVII.
Originalmente era um grupo secreto de homens cultos e superiormente desinteressados que sonhavam controlar os destinos da humanidade de maneira a assegurar o advento de um mundo pacífico e feliz (na prática, uma variante da noção do Quinto Império).
As diversas roturas e criações de sociedades sob o mesmo