Poder, Politica e Estado no Brasil
Por mais de 300 anos, enquanto na Europa constituíam-se Estados absolutistas e depois liberais, o Brasil permaneceu como colônia de Portugal e submetido ao Estado português.
O ESTADO ATE O FIM DO SÉCULO XIX
Podemos dizer que o Brasil conheceu varias formas de organização do Estado, de acordo com os caminhos que a historia politica do país traçou.
Entre 1500 e 1822, todas as decisões politicas relacionadas a colônia de Portugal eram tomadas pelo soberano português. Foi assim que aconteceu com praticamente todas as iniciáveis politicas daquela época, desde a implantação das capitanias hereditárias até a instituição do Governo Geral. Ou seja, toda a estrutura de poder na colônia estava ligada diretamente ao rei de Portugal. Em 1808, Dom João VI foi obrigado por Napoleão a vir para o Brasil, transplantando para cá a forma de Estado vigente em Portugal. Após isso, logo veio a independência.
Entre 1822 e 1889, da independência à Republica, havia no país um Estado imperial constitucional com os poderes Executivos, Legislativo e Judiciário.
O poder Moderador ficava acima dos outros três, pois o imperador nomeava os integrantes do Conselho de Estado e do Senado, escolhia os membros do Supremo Tribunal, podia dissolver a Câmera dos Deputados e utilizar as Forças Armadas quando achasse conveniente para manter a segurança do Império.
Talvez o Brasil tenha sido o único país do mundo em que uma constituição liberal coexistiu com a escravidão. Isso é uma grande contradição, pois a constituição liberal dispõe que todos os indivíduos são iguais perante a lei, e a escravidão é a negação disso. A permanência dessa contradição se explica pelo fato de a escravidão ser um dos elementos estruturais do império.
O ESTADO REPUBLICANO
O Estado que nasceu com a implantação da República no Brasil, resultante de mais uma tentativa de classe dominante para manter seu poder, caracterizou-se como liberal conservador.
Tivemos diferentes momentos de