Pode, política e estado
Como vimos, alguns teóricos não concebiam a democracia como um modo político que levasse em conta a participação plena.
Para Benjamin Constant, os trabalhadores e as mulheres não tinham tempo para adquirir conhecimento para intervir na política. Já Immanuel Kant, os empregados, os sem propriedade privada, não poderiam ser considerados cidadãos . Edmund Burke dizia que somente a propriedade garantiria a liberdade, portanto, esta não era para todos. A partir dessas visões que basearam os modos de representação política e de organização do Estado, alguns teóricos reagiram dizendo que isso não era democracia. Por exemplo, para Claude Lefort a democracia é a criação contínua de direitos.
Ao lado de Lefort, pensadores como Joseph Schumpeter, Giovani Sartori, Guilhermo O’Donnel, entre outros diziam que para ter democracia eram necessárias:
• eleições para o Legislativo e para o Executivo;
• direito de votos a todos que são cidadãos;
• liberdade de imprensa, liberdade de expressão e instituições que assegurem a liberdade civil e os direitos políticos e;
• fiscalização das instituições legais.
A sociedade disciplinar
Michel Foucault
Paul- Michel Foucault, nascido em 15 de outubro de 1926, na França.
Falece em 25 de junho de 1984.
A análise do Foucault está na genealogia do poder, ou seja, ele quer saber quais são as relações de força, como se desenvolvem estratégias, lutas e táticas nas malhas da cultura, no mosaico social.
Homem como objeto do saber das ciências humanas e biológicas.
Relação entre o saber, o poder e a verdade.
A verdade é produzida neste mundo, ela não está fora do poder, nem é possível sem ele.
Veículo mais poderoso: discurso científico.
Sabemos que a Rev. Industrial e a Rev. Francesa possibilitaram o surgimento de novos hábitos e valores, novas estruturas de pensamento e práticas sociais. M. Foucault também se voltou para esse momento de profundas transformações, em que as instituições