Pobreza e exclusão social no nordeste
Ações comunitárias tem reduzindo a pobreza no nordeste do Brasil, entre setembro de 2002 e dezembro de 2010, o Projeto de Redução da Pobreza Rural do Rio Grande do Norte, patrocinado pelo Banco Mundial, fez investimentos socioeconômicos em abastecimento de água, eletricidade, instalações de processamento agrícola, pecuária e na produção de alimentos para 2.100 associações comunitárias que representam 400 mil pessoas pobres das áreas rurais, criando 12 mil empregos e elevando a renda e o bem-estar social das famílias beneficiárias.
Há um grande desafio pois na região Nordeste do Brasil, um território com dez estados, maior do que o Leste Europeu e com uma população acima de 53 milhões, vem se caracterizando há 200 anos pela extrema pobreza. A seca, o solo pobre em nutrientes, a escassez de água e a má distribuição de terra e de renda contribuem para a pobreza, a vulnerabilidade e a exclusão social, que são mais evidentes nas áreas rurais. Quarenta por cento da população dessas áreas do Nordeste vive com menos de US$ 1,50 por dia.
Desde 1993, o Banco Mundial e os governos estaduais vêm fazendo um esforço conjunto para romper esse ciclo vicioso com investimentos em diversas gerações de operações comunitárias de desenvolvimento rural em toda a região. Para complementar essas iniciativas, duas décadas de programas nacionais de larga escala direcionados para os pobres e políticas macroeconômicas equilibradas promoveram um crescimento rápido e generalizado, reduzindo as taxas de pobreza nas áreas rurais da região e no Estado do Rio Grande do Norte. No entanto, persiste o desafio de proporcionar alternativas produtivas sustentáveis às famílias pobres rurais e promover a inclusão econômica e social. O projeto utilizou a estratégia típica do Nordeste do Brasil, o desenvolvimento comunitário descentralizado. Nesse modelo, as comunidades rurais – representadas nos conselhos municipais participativos cuja maioria dos membros