Pobreza hidrica
A maior parte da superfície terrestre está coberta de água, mas nem toda essa água está disponível para uso humano. A maior parte (97%) é salgada, uma pequena parte (2%) está armazenada em geleiras inacessíveis e uma parte menor ainda (1%) é água doce e está armazenada nos lençóis freáticos, rios e lagos, podendo ser utilizada pelo ser humanos.. No Brasil, a maior parte (70%) das águas superficiais está na região Norte, nas bacias da Região Amazônica, onde vive apenas 7% da população humana.
O futuro de boa parte da humanidade pode ser comprometido pela falta do mais básico dos bens: a água.
O alerta é da ONU, que já traça um cenário atual bastante difícil: mais de 1 bilhão de pessoas - cerca de 18% da população mundial - estão sem acesso a uma quantidade mínima de água de boa qualidade para consumo.
A questão é que, mantidos os atuais padrões de consumo e de danos ao meio ambiente, o quadro pode piorar muito e rapidamente: calcula-se que, em 2025, dois terços da população global - 5,5 bilhões de pessoas - poderão ter dificuldade de acesso à água potável; em 2050, já seria cerca de 75% da humanidade.
O drama diz respeito à sede e à escassez de água para cozinhar, tomar banho e plantar, mas também à disseminação de doenças causadas pela ausência de tratamento da água, como diarréia e malária.
DESIGUALDADES Se considerarmos todo o planeta, veremos que a distribuição de água doce na natureza é desequilibrada entre as várias regiões. Alguns países dispõem de mais água do que seus habitantes necessitam, enquanto outros estão situados em regiões extremamente secas, como o norte da África, o Oriente Médio e o norte da China.
Canadá, Islândia e Brasil são países favorecidos pela natureza em relação à água potável. Esse desequilíbrio faz com que um canadense possa gastar até 600 litros de água por dia e um africano disponha de menos de 30 litros diários para beber, cozinhar, fazer a higiene, irrigar plantações e sustentar rebanhos.
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