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et al.
Artigo
de
Revisão
intolerância à l actose: mudança de paradigmas com a biologia molecular rejane mattar1*, daniel Ferraz de campos mazo2
Trabalho realizado no Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
*Correspondência:
Av. Dr. Enéas de Carvalho
Aguiar 255, 9° andar, sala
9159
Cerqueira Cesar
CEP: 05403-000
São Paulo - SP rejane-mattar@ig.com.br Resumo
Na maioria dos mamíferos a atividade da enzima lactase diminui na parede intestinal após o desmame, caracterizando a hipolactasia primária que provoca sintomas de intolerância à lactose. A intensidade dos sintomas de distensão, flatulência, dor abdominal e diarreia variam, dependendo da quantidade de lactose ingerida, e aumentam com o passar da idade. A hipolactasia é determinada geneticamente, porém uma mutação ocorreu para que fizesse parte da humanidade tolerar o leite na idade adulta.
O diagnóstico é feito por teste de tolerância, empregando a lactose como desafio. Com a descoberta dos finlandeses do polimorfismo associado com a persistência da lactase, principalmente no norte da
Europa, o exame genético passou a ser outra ferramenta diagnóstica mais confortável para o intolerante.
No Brasil, 43% dos brancos e dos mulatos têm alelo de persistência da lactase, sendo a hipolactasia mais frequente entre os negros e japoneses. Entretanto, na prática clínica indivíduos com hipolactasia podem ser orientados a consumir alguns derivados do leite e alimentos contendo lactose sem apresentar sintomas de intolerância, enquanto que outros terão que fazer restrição de lactose na dieta.
UniterMos: Intolerância à lactose. Fatores de lactose. Epidemiologia. Biologia molecular.
introdução
Conceito
Má absorção ou má digestão de lactose é a diminuição na capacidade de hidrolisar a lactose, que é resultante da hipolactasia. A hipolactasia significa diminuição da atividade de enzima lactase na mucosa do