Platão X “Big Brother Brasil” : Utopia da realidade
Hoje escreverei um texto curto. Na realidade esse será um desabafo em forma de utopia. Desabafo de quem por mais que leia e ouça, não acredita mais em nenhuma melhora. Tenho opiniões bem formadas sobres os assuntos que escrevo ou falo. Não sou dono da verdade. Já disse isso a vocês em outros textos, respeito a individualidade de cada um, mas não respeito a ignorância e a omissão. Esses sim, inaceitáveis.
Quando alguém te dá um tapa na cara, você revida? Quando alguém te agride com palavras no transito, você responde a agressão verbal? Quando você vai a uma loja e é mal atendido, você reclama com o vendedor? Provavelmente, as repostas para estas perguntas serão três “sim”. Obviamente, estou falando na maioria dos casos.
Mas por que razão não brigamos por causa da violência, das desigualdades sociais, dos ruins hospitais públicos, dos aumentos descarados e sem moral dos salários dos políticos por eles mesmos? Será que essas coisas são menos importantes que aquele tapa na cara, aquela ofensa no transito ou aquele mau atendimento na loja?
O grau de importância que cada um dá as coisas é pessoal, faz parte da sua individualidade. Não estou questionando isso. O que questiono é o desprezo que se dá à realidade das coisas. Existem coisas que são importantes independentes de aceitarmos ou não. São coisas que dizem respeito a coletividade, a manutenção da vida em sociedade, da saúde do espírito de cada um de nós.
Platão escreveu que existem dois mundos que habitam o homem: o mundo da realidade e o mundo que achamos que ele seja. Passamos toda a vida travando uma guerra na nossa mente entre esses dois mundos. Eu até entendo. Às vezes é melhor sonhar que encarar a realidade de tão dura que ela é, mas quem faz nossa realidade somos nós mesmos. E se vivermos eternamente num conto de fadas, não conseguiremos chegar a um final feliz na história das nossas vidas.
Na última semana, no “Big Brother Brazil” (não sei