platao e socrates
Platão não é adepto de nenhuma teoria contratual, de acordo com a qual o Estado nasce e se forma, nas suas particularidades, em virtude do puro arbítrio da vontade. Nas Leis (889 dss.) abertamente polemiza contra a opinião dos sofistas, pela qual o homem, neste domínio, pode fazer o que quiser, exatamente como se não houvesse aí normas superiores ao homem. Platão se erige assim em pai de todo direito natural, até Hugo Grócio. Poderá êle, no futuro, ser fundamentado de maneira diferente, pois já ARISTÓTELES lhe dá nova base e diferente desenvolvimento. Seja como fôr, Platão "foi o primeiro a, ao lado do despotismo dos ditadores e da comuna, estabelecer uma instância superior, para a qual os homens sempre apelaram, quando se tornaram as vítimas dos seus próprios excessos.
As Classes sociais : operários, guerreiros, educação da mocidade, educação artística, educação física, Eugenia, a mulher e a propriedade, reis-filósofos, domínio dos melhores, domínio do melhor. Como outras formas de governo Platão enumera: a timocracia, a oligarquia, a democracia e a tirania.
As minuciosas determinações para a educação dos guerreiros, a rigorosa intervenção na vida toda — na família, na ordem pública, na economia, na ciência, na arte, na religião, e a onipotência dos filósofos parecem, na realidade, apontar para essa direção. Platão quer, é verdade, um Estado tão forte quanto possível, interior e exteriormente.
Há cerca de dois mil e quatrocentos anos, Sócrates, o mais importante dos filósofos do ocidente, era julgado por supostamente promover a corrupção dos jovens e pelo fato de não acreditar nos deuses venerados em Atenas. Com veredicto formado por uma ínfima maioria, em tribunal popular, o filósofo foi condenado à morte