Plantio direto influenciando o sequestro de carbono e o efeito estufa
PLANTIO DIRETO INFLUENCIANDO O SEQUESTRO DE CARBONO E O EFEITO ESTUFA
INTRODUÇÃO
As expectativas não são das melhores: até o final deste século, a temperatura global deve subir de 1,5º a 4,5º C, segundo especialistas. É o suficiente para elevar o nível do mar, provocar grandes enchentes, secas, tornados, ciclones, maremotos e a proliferação de insetos.
A causa desse cenário é o efeito estufa. Ele por si só, é benéfico, mas o que se tem, atualmente, é um aumento exagerado da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2) e o ozônio (O3). E alguns dos diversos fatores que contribuem para isso estão intimamente relacionados com a forma de uso da terra.
Por volta 1970 a erosão do solo no Brasil era tanta que ameaçava inviabilizar a agricultura. Com as chuvas, as camadas férteis eram arrastadas, assoreando os rios. Um agricultor foi estudar o assunto com a Missão Agrícola Alemã e descobriu que na Inglaterra e nos Estados Unidos já havia uma tecnologia de preparo mínimo do solo que passou a ser chamada no Brasil de plantio direto. O plantio direto é o divisor de águas da agricultura brasileira.
No plantio direto, foi descoberto que a concentração de carbono no solo teve um aumento significativo após cinco anos de manejo já no plantio convencional, o teor de carbono permanece praticamente o mesmo. Tão importante quanto ‘resgatar’ o CO2 da atmosfera é mantê-lo no solo.
O PLANTIO DIRETO
O plantio direto é um sistema diferenciado de manejo do solo, visando diminuir o impacto da agricultura e das máquinas agrícolas (tratores, arados, etc) sobre o mesmo.
No sistema tradicional de cultivo, todo ano o agricultor tem que fazer uma nova aração. Assim, o solo fica exposto por um longo período, até que a cultura a ser plantada se estabeleça na terra. Depois do arado, o costume é passar a grade e a lâmina niveladora. Assim, o