plantas
Mas, por que estudar as plantas através da cultura popular? “A existência de uma infinidade de espécies de plantas, entre 250 e 500 mil no mundo, onde apenas 5% são estudadas (...)” (CECHINEL & YUNES, 1998). Isto é uma das causas que dificultam a identificação das plantas que têm potencial terapêutico. Uma das formas de se limitar este universo é a pesquisa na população. Observando as plantas que mais são utilizadas, sua forma de uso e suas indicações, possibilita-se a localização de novas moléculas com possíveis efeitos medicinais. Muitas plantas de uso popular já tiveram seus efeitos comprovados.
A Organização Mundial de Saúde diz que planta medicinal é qualquer planta que possua em um ou em vários de seus órgãos, substâncias usadas com finalidade terapêutica, ou que estas substâncias sejam ponto de partida para a síntese de produtos químicos ou farmacêuticos. A estas substâncias é dado o nome de princípio ativo. (MONTANARI, 2002)
Algumas substâncias estão sempre presentes nos tecidos, outras são agregadas em vesículas, como os óleos essenciais. Certas substâncias são produzidas na hora da agressão através de mensageiros químicos que acionam genes determinantes na produção de moléculas tóxicas ao agressor. Acontece que os agressores de plantas muitas vezes pertencem a grupos que abrangem também organismos que atacam o homem. Não é surpreendente, portanto, que substâncias de defesa de plantas também combatam os organismos responsáveis por enfermidades humanas. (GILBERT, 2002).
MONTANARI, ÍLIO, Aspectos da Produção de Plantas Medicinais Nativas. CBPQA-UNICAMP-2002. http://www.cbpqa.unicamp.br, Acesso em 13 de junho de 2005.
GILBERT, BENJAMIM et al, Base Científica da Fitoterapia,