PLANTAS MEDICINAIS
Mauricia Melo Monteiro
Médica, Professora MSc da UEPA1 mauramauricia@yahoo.com.br Márcia Joana Souza Monteiro
Administradora, Mestranda do PPGEDAM/NUMA/UFPA2
Marjoan475@gmail.com
Wagner Luiz Ramos Barbosa
Farmacêutico, Professor PhD do NUMA/UFPA3 barbosa@ufpa.br Resumo
O uso de plantas medicinais como alternativa natural para tratar os processos de adoecimentos é um conhecimento milenar e mundial, repassado entre as sucessivas gerações pela cultura da conversa. No Brasil os povos indígenas, à época do descobrimento do Brasil, utilizavam as plantas medicinais para curar seus processos de adoecimento assim como o colonizador português também utilizava esta alternativa terapêutica. A utilização deste recurso natural continua atual e resguarda a identidade cultural das comunidades. Marudá e a APA AlgodoalMaiandeua são locais praieiros do litoral nordeste do Pará, separadas pelo rio Marapanim, que tiveram como seus primeiros habitantes os índios Tupinambás. Nas duas localidades, além da similaridade ancestral, foi possível identificar o uso da flora própria de áreas de restinga, comum em ambas as praias, sob a forma de infusões, unguentos e lambedores para debelar os malefícios à saúde mais incidentes na população local. As observações e entrevistas revelaram que em
Marudá a experiência do conhecimento terapêutico com o uso de plantas medicinais é centrado, predominantemente, entre as mulheres pescadoras e erveiras, enquanto que na APA AlgodoalMaiandeua, apesar do predomínio feminino, muitos homens, em especial os com idade mais avançada, conhecem e utilizam de forma sustentável estes remédios artesanais.
1
Universidade do Estado do Pará - UEPA.
Programa de Pós Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia, Núcleo de Meio Ambiente da
Universidade Federal do Pará – PPGEDAM/NUMA/UFPA.
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Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal