Plantas medicinais
A fitoterapia se caracteriza pelo tratamento com o uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas sem a utilização de princípios ativos isolados (ARAÚJO et al., 2007). Nas últimas décadas, o interesse pelas terapias naturais tem aumentado significativamente nos países industrializados e encontra-se em expansão o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos. Apesar da medicina moderna estar bem desenvolvida na maior parte do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que, aproximadamente 80% da população mundial depende principalmente da medicina tradicional para seus cuidados primários de saúde, bem como do uso de extratos de plantas ou de seus princípios ativos (BRAZ FILHO, 2010; FARNSWORTH et al., 1985; KAUR, 2005).
A estratégia utilizada para o uso das plantas medicinais é a abordagem etnofarmacológica, que consiste em combinar informações adquiridas junto a comunidades locais, que fazem uso da flora medicinal, com estudos químico-farmacológicos. Desse modo, é possível formular hipóteses quanto às atividades farmacológicas e os ativos responsáveis pelas ações terapêuticas relatadas pelos usuários, além disso, estudos também podem descrever possível toxidade das plantas (ELISABETSKY, SETZER, 1985; ELISABETSKY, 1987). As potencialidades de uso das plantas medicinais encontram-se longe de estarem esgotadas. O Brasil, por possuir a maior biodiversidade do planeta (15-20%), associada a uma