Plantas C4 – Fotossíntese
A inicial incorporação de CO2 por algumas plantas utilizam uma via adicional envolvendo moléculas de quatro carbonos. Nestas plantas, conhecidas como C4, o primeiro produto na incorporação do CO2 é o oxaloacetato (OAA), uma molécula de quatro carbonos.
Estas plantas também apresentam especificidades anatômicas, fisiológicas e bioquímicas características que constituem o mecanismo C4. Uma característica anatômica particular é que suas folhas apresentam dois tecidos fotossintéticos distintos. (Hopkins, 1995)
A investigação destas diferenças iniciou por causa da observação de que em folhas de algumas gramíneas com extraordinária produção de matéria seca, como milho e cana-de-açúcar, o primeiro produto da fixação do CO2 era um composto de quatro carbonos, diferente do produto tradicional de três carbonos (3-fosfoglicerato). Desta forma começou uma diferenciação entre plantas C3 e C4. (Mohr & Schopfer, 1995)
Estas plantas apresentam uma alta taxa de fotossíntese líquida associado com um alto ponto de saturação de luz. Além disso, plantas C4 possuem uma afinidade extraordinariamente alta por CO2. Isto está relacionado com o fato destas plantas quase não realizarem fotorrespiração, aumentando assim a taxa fotossintética. Por causa desta alta afinidade por CO2, não existe inibição da fotossíntese por O2. (Mohr & Schopfer, 1995)
As plantas C4 podem ser facilmente reconhecidas anatomicamente. Um corte transversal da folha, mostra uma diferença estrutural fundamental do tecido assimilatório em relação às plantas C3: instalados em duas camadas horizontais, o parênquima paliçádico e lacunoso arranjam-se ao redor da bainha vascular em duas camadas de células dispostas concentricamente. (Mohr & Schopfer, 1995)
Esta organização em forma de coroa é denominada de anatomia Kranz. Os cloroplastos das células do mesófilo tem grana bem desenvolvidos, enquanto que os cloroplastos das células da bainha vascular tem grana pouco desenvolvido ou não possui