Planos Econômicos Brasileiros (história)
Planos
Econômicos
CRUZADO
Lançado em 28 de fevereiro de 1986
Presidente José Sarney (PMDB)
Ministro da economia Dilson Funaro
A principal marca foi o congelamento de preços. Alimentos, combustíveis, produtos de limpeza, serviços e até o dólar tiveram os preços tabelados pelo governo. A moeda também mudou: abandonou-se o cruzeiro e adotou-se o cruzado (1.000 cruzeiros = 1 cruzado).
O plano foi concebido por economistas que mais tarde desenvolveriam o Plano Real. O diagnóstico era que a inflação no país era inercial, ou seja, os preços eram reajustados tentando recompor a inflação passada, criando uma espiral de aumentos.
O congelamento seria um dos instrumentos para quebrar essa lógica. Acabou sendo o único. Sem redução dos gastos do governo, a demanda cresceu e o consumo explodiu. Em pouco tempo, passou a faltar produtos nos supermercados e o governo lançou mão até da "desapropriação" de bois no pasto para tentar atender o consumidor.
As principais medidas contidas no Plano eram: congelamento de preços de bens e serviços nos níveis do dia 27 de fevereiro de 1986;
Congelamento da Taxa de Câmbio por um ano em 13,84 Cruzados = 1 Dólar e 20,58 Cruzados = 1 Libra
reforma monetária, com alteração da unidade do sistema monetário, que passou a denominar-se cruzado (Cz$)2 , cujo valor correspondia a mil unidades de cruzeiro;
substituição da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional ORTN, título da dívida pública instituído em 1964, pela Obrigação do Tesouro Nacional (OTN), cujo valor foi fixada em Cz$106,40 e congelado por um ano;
congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00, que era igual a Aproximadamente a US$ 67,00 de Salário Mínimo;
como a economia fora desindexada, institui-se uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas numa economia com inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
criação de uma espécie de