Plano financeiro
A infeliz decisão tomada pela famosa escuderia italiana, durante o Grande Prêmio da Áustria, veio acrescentar mais um modelo de gestão à imensa tipologia já existente: o Fator Ferrari. Por Floriano Serra
Certamente, na sua vida profissional, você já se deparou com uma situação assim: alguém (quem sabe você próprio?) dá o máximo de si e consegue fazer uma trajetória brilhante na organização. Aí surge uma vaga na Gerência ou na Diretoria: finalmente, sua grande chance de subir ao "pódio" hierárquico!
Inclusive você já tem até torcida: todos á sua volta têm absoluta certeza de que você será o escolhido para a promoção.
De repente, surpresa! Vem uma ordem "de cima" e o escolhido é outro. Alguém também com méritos, mas, naquele momento, pela brilhante carreira que você vinha fazendo, pelos excelentes resultados que você vinha obtendo, você deveria ter sido o escolhido. Diante do lamentável fato, eis algumas conseqüências previsíveis:
• você se desmotiva (" pra que esforçar-se tanto se não há reconhecimento?");
• a equipe fica decepcionada ("ué, qual é o critério que a empresa adota para reconhecer e recompensar seus talentos?");
• o Plano de Carreira fica desmoralizado;
• a Diretoria (de onde veio a ordem) passa a ser vista com desconfiança diante da flagrante injustiça;
• e os funcionários, em geral, aproveitam o intervalo do cafezinho para "vaiar" a desastrada decisão ("viu só a sacanagem que fizeram com...?").
Isto é o Fator Ferrari.
O Fator Ferrari, doravante, servirá para identificar as decisões empresariais que levam em conta única e exclusivamente aspectos incompreensivelmente protecionistas e supostamente estratégicos no desempenho dos seus colaboradores. Egocentricamente, ao avaliar a performance da equipe e tomar decisões sobre recompensas, reconhecimentos e futuro profissional, os adeptos do Fator Ferrari levarão em conta apenas seus