A Química do Fogo O fogo é um fenômeno quimicamente descrito como uma reação de combustão, constituindo um caso particular das reações de oxidação. Conheça a química do fogo, especialmente do fogo de vegetação, associado aos incêndios florestais. O fogo é um fenômeno físico e químico que resulta da rápida combinação de um comburente com um combustível e é caracterizado pela emissão de calor, luz e geralmente chamas. Os fogos de vegetação, ou fogos florestais (termo mais associado aos grandes fogos), correspondem a uma combustão que tem normalmente como comburente o oxigênio e que consome combustíveis vegetais naturais, como o húmus, as espécies herbáceas, arbustivas e as árvores. Os fogos florestais distinguem-se de outras combustões (caso de combustões com outras substâncias químicas) ao possuírem apenas o oxigênio como comburente e um grupo de combustíveis relativamente homogêneos (constituído por substâncias praticamente idênticas, que diferem principalmente na densidade e arranjo), diferenciando-se fundamentalmente das que ocorrem em meios confinados, pelo fato dos fogos florestais terem propagação livre, combustíveis naturais e os fatores que neles participam não estarem controlados. Reação de Combustão A reação de combustão é um caso particular de uma reação química de oxidação, onde os reagentes são designados por combustível e por comburente. Estes reagentes combinam-se e alteram a sua estrutura molecular, originando os chamados produtos da combustão. Esta reação ocorre com libertação de energia, tendo, portanto, um caráter exotérmico. A combustão consiste, na realidade, numa sucessão rápida de reações, a temperaturas elevadas. Num fogo florestal, o oxigênio (O2) é normalmente o comburente. Considerando, por exemplo, uma reação do oxigênio com a celulose, que é o principal constituinte da madeira, liberta-se cerca de 16000 kJ de energia por cada kg de glicose consumida (a celulose é um polímero constituído por cadeias de glicose – C6H12O6): C6H12O6 + 6O2