Plano de negocios
Alexandre Formigoni Ivan Pérsio de Arruda Campos
Universidade Estadual Paulista - UNESP
RESUMO
O crescimento da população e o estímulo ao consumo de produtos industrializados descartáveis têm aumentado a quantidade e a diversidade dos resíduos urbanos. A simples disposição dos resíduos industriais, comerciais e domésticos urbanos em aterros sanitários fez com que eles estejam em vias de saturação. A utilização desses resíduos como matéria-prima tem sido adotada como solução para o problema, mas como é uma atividade recente, ainda não é aceita como melhor alternativa. Na presente dissertação são analisados criticamente os problemas relacionados ao processo de reciclagem de PET, com vistas, especialmente, ao processo de reciclagem “bottle-to-bottle”, para uso alimentício. Os aspectos de perda e recuperação das propriedades do material, de contaminação química e biológica são discutidos, bem como o sempre relevante problema da legislação, que parece ser o mais sério neste caso. Atualmente o mercado no Brasil, consegue reciclar cerca de 50% da produção do PET, o que significa que há potencial para grande melhoria nesse aspecto.
Palavras-chave: Reciclagem; impacto ambiental; PET.
1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA
O PET – poli (etileno tereftalato) ou poli (tereftalato de etileno) – representado na figura 1, é um polímero desenvolvido em 1941 pelos químicos ingleses Winfield e Dickson
(BELLIS, 2005). Este polímero, obtido com alto peso molecular foi reconhecido na época como tendo potencial para aplicações como fibra e, somente na década de 60, com o filme de
PET biorientado, passou a ter grande aceitação para acondicionamento de alimentos. Em
1973, o processo de injeção e sopro com biorientação, desenvolvido pela Du Pont, introduziu o PET na aplicação como garrafa, o que revolucionou o mercado de embalagens, principalmente o de bebidas carbonatadas. Ele chegou ao Brasil apenas em 1989.
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