plano anual
Arminda Eugenia Marques Campos* *
Luís Henrique Abegão* **
Maurício César Delamaro****
Numa época em que os recursos públicos destinados à área social escasseiam e as demandas, em contrapartida, aumentam, a exigência por uma gestão “eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos e programas sociais é categórica. No entanto, é necessário o desenvolvimento de uma cultura voltada para a elaboração, o monitoramento e a avaliação, que compreenda tais processos não apenas como etapas subseqüentes destinadas à definição das metas, acompanhamento do cronograma e do fluxo de caixa e checagem dos resultados, com vistas à captação de recursos e posterior prestação de contas junto aos financiadores, mas sim como “práticas adequadas ao aperfeiçoamento do processo de tomada de decisão na gestão dos projetos”, em especial na área social.
– Eficácia é a capacidade de produzir o efeito desejado, o resultado previsto.
– Eficiência é a capacidade de utilizar os insumos adequadamente, de forma racional e econômica.
– Efetividade é a capacidade de produzir uma diferença positiva num dado contexto,
Neste sentido, a atenção – de uma maneira geral, e em especial entre as agências financiadoras – tem se voltado para a efetividade das ações e não apenas para a eficiência e eficácia no cumprimento das metas. Importa saber se, para além de uma utilização conscienciosa dos recursos, as ações contribuíram para uma mudança positiva na situação-problema enfocada pelo projeto. Além disso, os financiadores de projetos na área social, ao analisarem as propostas, buscam indicativos claros de que o proponente conhece o contexto no qual pretende atuar, tem condições de criar alterna-
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Adaptação do conteúdo programático da disciplina “Técnicas em Projetos Sociais” do
Curso de Especialização em Gestão de Iniciativas Sociais do Laboratório de Tecnologia e
Desenvolvimento Social (LTDS) da COPPE/UFRJ.