Plano alto
18 de outubro às 15:15 ·
Reproduzo abaixo um magnífico comentário do Bruno Fracchia sobre "Plano Alto".
"Prezado Marcílio Moraes, abaixo segue uma postagem/comentário que escrevi em minha página pessoal logo após o final da série.
Não é uma crítica (pois crítico não sou). Sou apenas um estudioso, fã de teledramaturgia. São palavras sem muito embasamento, mas um olhar sincero de alguém que gostou demais da série e que esperava ansiosamente por cada capítulo. Obrigado pelo trabalho tão belo:
"PLANO ALTO:QUE VENHA A SEGUNDA TEMPORADA!!!
REFERÊNCIA PARA ESTUDOS!!! E LINDA JUSSARA FREIRE!!
Formalmente, obra muito bem lapidada.Toda a carpintaria da obra seriada televisiva muito bem empregadas: encadeamento dramático irretocável. Uma cena sempre levando necessariamente a outra, personagens necessários ao desenvolvimento da história (ninguém sobrando, fazendo hora extra,etc) com mapa completamente entrelaçado, episódio final com todos os ganchos possíveis para uma segunda temporada! Obra marcante! Destaca-se no último episódio a aguardada cena entre Dora e Governador Guido Flores!
Qualquer manual de roteiro televisivo, diz que em TV não há espaço mais para falas longas e menos ainda para solilóquios! Manual levado ao pé da letra gera visão estreita! Marcílio Moraes, assentando a serie na forma dramática tradicional (não se inventa a roda novamente) e utilizando a linguagem dialógica contemporânea (as falas curtas) preparou o terreno lindamente para uma linda cena fora do "padrão dramático" e que me levou às lágrimas: dona Dora (o alter ego do autor?) falando a seu grande amor, governador Guido Flores, um texto emocionante,extrapolando as recomendações de falas curtas, sem ter o retorno em fala de seu interlocutor! Só o olhar e as lágrimas! E a emoção. Para se subverter a forma dramática convencional na televisão é necessário antes dominá-la. E aplicá-la com propriedade!!!
Penso nesta cena como referência da importância da expansão do