Planejar ou nãi planejar o ensino de matemática
Prof. Dr.Gilberto Francisco Alves de Melo
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Introdução
O debate sobre a melhoria do ensino de matemática remete necessariamente ao questionamento da qualidade do ensino que planejamos e executamos em sala de aula. Nestes domínios temos percebido que os professores de matemática vem apresentando problemas, os quais são em geral transferidos aos alunos, professores destes e família.
Manifestações desta transferência de responsabilidade encontramos em conversas com professores que assim se posicionam: “os alunos são fracos”; “não sabem as quatro operações”; “não deveriam estar cursando esta série”; “não sabem nada", "tem mais é que ficar reprovado". Deste modo, os professores ao culpabilizarem seus alunos não refletem sobre o trabalho planejado e executado, quando poderiam analisar as dificuldades que os mesmos tiveram no desenvolvimento do trabalho pedagógico. Desta forma avaliando o que fizeram e não fizeram para possibilitar aos alunos o enfrentamento de suas dificuldades de aprendizagem. E, ainda em decorrência das reflexões sobre o trabalho executado, reavaliariam o planejamento com vistas ao alcance dos objetivos propostos face o Projeto PolíticoPedagógico da escola, com o qual o planejamento do professor de matemática necessita articular-se, como forma de oposição a fragmentação que caracterizou e que ainda caracteriza o trabalho docente (Melo, 2003).
Em decorrência da fragmentação do trabalho docente que separa teoria e prática, talvez resida aí uma das grandes dificuldades dos professores de matemática. Ou seja, a dificuldade de pensar o seu agir, e, em última instância de planejar. A esse respeito observamos por exemplo que os professores “ tem o plano de aula na cabeça ” e, desta forma justificar-se-ia de um lado, a não tradução dos planos mentais por escrito e, de outro lado, o não cumprimento da responsabilidade de