Planejamento
Na guerra por talentos, agências e empresas profissionalizam a gestão de pessoas, como arma para atrair e reter talentos.
Por Fernanda Botonni
“- Eu brigo mais por colaboradores com meus concorrentes, do que por contas e clientes.” A afirmação de Luiz Trindade, sócio e vice-presidente de novos negócios e Recursos Humanos da iThink, sintetiza a guerra de talentos travada entre as agências digitais. A questão, como ele diz, é matemática: “-Todas as agências crescem entre 20 e 30% ao ano e, as faculdades não provêm uma massa de trabalhadores na mesma velocidade.”
Para enfrentar esta guerra e se tornar atraente para jovens profissionais, agências e empresas fornecedoras de tecnologia descobriram que mostrar uma postura profissional em relação à política de pessoas, pode ser uma boa arma. Por conta disso foi que muitas delas, nos últimos anos, investiram na profissionalização da área de RH – que até então, ou não existia ou, era apenas operacional, como um Departamento de Pessoal.
Com isso, passou a ser comum ouvir da boca de presidentes de agências de internet, termos como “carreira em Y”, “avaliação de desempenho”, “cultura organizacional” e “pesquisa de clima” – expressões que há algum tempo, eram quase exclusividade de quem falava o dialeto do RHês.
Além disso, com profissionais especializados em gestão de pessoas, essas agências começaram a entender melhor as expectativas e as necessidades de seus funcionários. Foi então que descobriram, que nem sempre a melhor forma de atrair e reter talentos, é mexer com o bolso deles. As pioneiras na estruturação dessa área compreenderam, que o que mais atrai e mais retêm são práticas simples, como ter horário certo para ir para casa, ou poder fazer movimentos laterais na empresa, de uma área para outra. Estranho? É ler para crer...
Idéias Exemplares
Na iThink, por exemplo, o RH foi estruturado em 2009, com duas pessoas: uma responsável por questões mais processuais e, a outra, por questões