Planejamento
A gestão dos valores nas organizações não pode ser negligenciada, pois as consequências serão fatais e nem sempre em curto prazo. Ao se descuidar da gestão dos valores, a cultura organizacional se torna NÃO-ÉTICA, indiferente às questões morais e tudo acaba sendo permitido e, isso enfraquece a própria Organização.
O lucro (e não a Ética do Lucro) passará a ser o objetivo supremo da empresa e a ele se subordinarão todos os demais valores: a competição passará a ser predatória; os concorrentes deverão ser eliminados e os colaboradores só serão respeitados se estiverem “dando lucro”. Quem não assimilar esses valores estará “fora” dessa cultura corporativa.
“A Organização investe em treinamento para que todos aprendam a ser predadores!”Esse perfil de atuação “sem-ética” foi dominante nas Organizações nos anos 90, período de expansão do capitalismo globalizado.
(...) O neoliberalismo exacerbado pela globalização (...) induz à sociedade dividida pelo ódio competidor (...) o capital tende a se tornar o pior tirano da história da humanidade” (PLT- p.17) .
Nesse contexto, a corrupção se expandiu. São inúmeros os exemplos de organizações que adotaram essas práticas, como: a Enron (EUA); Parmalat (ITÁLIA) e que faliram por graves irregularidades éticas. A corrupção é um traço de degenerescência cultural e o seu combate não é um “caso de polícia”, mas de Educação e de atitude da sociedade organizada.
“Educar para a Democracia”, essa é a saída para acabar com a corrupção, pois a democracia supõe participação consciente e mecanismos legítimos de pressão e de controle, sendo o principal deles a prestação de contas.
Na gestão da ética, a prestação de contas é uma prática essencial para validar a confiança e garantir a continuidade do processo. Não se trata de formalidade burocrática, mas sim, de “análise acurada para fundamentar decisões eficazes” . É a ética com função estratégica.
Diante da corrupção, a Ética e a Responsabilidade