Planejamento de uma cultura (Skinner)
Muitas pessoas intruduzem modificações nas culturas, a fim de reformulá-las. É muito difícil dizer que uma cultura é melhor do que outra. Ninguém sabe qual a melhor forma de criar os filhos, por exemplo. Porém, é possível propor melhores maneiras de fazê-lo, superando formas já existentes.
A experiência pessoal nesse aspecto é válida, mas a análise científica do comportamento humano é importante: define o que deve ser feito e sugere meios de se fazer. O autor exemplifica com a situação de um jovem que é posto em um ambiente distinto do habitual, em que o comportamento adquirido até então é praticamente inútil. A partir daí, feita uma análise do comportamento desse jovem frente a esse novo ambiente (inseguro, desanimado, frustrado...), é possível formular suposições acerca do que há de errado com as contingências, e são as contingências que devem ser modificadas se quisermos modificar seu comportamento.
Esses sinais apenas significam que dado um estímulo discriminativo, uma resposta ocorreu e essa resposta gerou uma consequência reforçadora. Essa consequência reforçadora (Sr+) retroage na resposta de forma que a probabilidade de emissão de uma nova resposta parecida com ela seja muito maior. Para toda essa relação se da o nome de contingência.
Compreender as relações entre comportamento e ambiente mostra novas formas de modificar o comportamento. Para estipular as contingências relevantes deve-se estabelecer como o comportamento é produzido e modificado. O comportamento pode ser modificado a partir das modificações das condições que esse é função.
Podemos detectar três níveis no planejamento de uma cultura como um todo. Se o planejador for individualista, aceitará os benefícios pessoais como os valores últimos. Se esteve exposto a ambiente social adequado, planejará o bem dos outros, inclusive em detrimento próprio. Se, antes de tudo, preocupa-se com a sobrevivência, planejará cultura tendo em visto seu funcionamento.
A força de