Plan estratégico
Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil
David Kupfer & Lia Hasenclever (orgs.) (2002) Rio de Janeiro: Campus, 640 páginas. Marcelo Pinho
Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos
Quem, em agosto de 2003, procurasse na base de dados da livraria eletrônica Amazon Books títulos que incluíssem as expressões “Industrial Organization” ou “Industrial Economics” obteria como resposta uma listagem com 210 itens. Mesmo suprimindo as repetições e os volumes relativos a outras disciplinas — particularmente numerosas quando se trata da acepção diversa que a sociologia empresta ao termo organização industrial —, ainda restariam 154 referências. 89 delas são de natureza propriamente teórica e nada menos que 60 têm as características típicas de manuais ou compilações. Dada a natureza da fonte, a qual abrange apenas livros que, com maior ou menor facilidade, podem correntemente ser encontrados à venda nas respectivas editoras,1 o número elevado de diferentes títulos e, em especial, de publicações de referência constitui evidência inequívoca da vigorosa retomada de interesse acadêmico pela área de organização industrial nas últimas duas décadas. Com efeito, os estudos empíricos também se avolumaram, chegan1
Por essa razão mas também pelas limitações decorrentes dos termos submetidos a consulta, a lista de livros e os números apresentados não incluem várias das referências mais costumeiras no campo da organização industrial, como Bain (1968), Caves (1972), Scherer (1970) e Scherer e Ross (1990).
Revista Brasileira de Inovação
Volume 2
Revista Brasileira de Inovação Número 2 Julho / Dezembro 2003
R ESENHA
do a configurar o que alguns autores chamam de “renascimento empírico” da economia industrial (Bresnahan & Schmalensee, 1987). Ao mesmo tempo, houve renovação dos métodos de análise, incorporação de temáticas anteriormente negligenciadas, desenvolvimento de novas