Pitagoras e os Pitagóricos
Mais do que um estudioso, Pitágoras foi um profeta, um místico, nascido na ilha de
Samos (570 a.C). Assim como Tales de Mileto, Pitágoras também viajou pelo Egito,
Babilônia e, muito provavelmente, pela Índia, absorvendo todos os conhecimentos matemáticos e astronômicos dessas civilizações; fato é que o próprio Teorema de
Pitágoras já era utilizado por alguns desses povos antes da época de Pitágoras. Acreditase que nessas peregrinações, Pitágoras aprendeu grandes conceitos religiosos que o influenciaram posteriormente e fundamentaram toda a mística que envolve os pitagóricos; além disso, ele foi contemporâneo de Buda, Confúcio e Lao-tsé , fazendo daquele período uma fase crítica para o desenvolvimento das religiões.
Quando voltou para a Grécia, Pitágoras se estabeleceu em Crotona, hoje costa sudeste da Itália e fundou sua sociedade secreta com bases filosóficas e matemáticas. Nessa sociedade, o conhecimento descoberto e construído era de propriedade comunitária, contrariando a práxis da época, que atribuíam os créditos de qualquer descoberta ao mestre das comunidades de estudo e pesquisa. A escola pitagórica era politicamente conservadora e tinha um código de conduta muito rígido; adotavam o vegetarianismo com base na idéia da transmigração das almas: não se pode matar um animal cujo corpo seria a nova morada de outra alma. Mas a mais notável característica da sociedade dos pitagóricos foi a confiança que mantinha nos estudos de Filosofia e Matemática. Outra preocupação dos pitagóricos era socializar o conhecimento através de conferências com a comunidade.
Os pitagóricos quebraram um paradigma efetivo da época que era o utilitarismo da aritmética; os processos eram estritamente vinculados a problemas específicos ligados ao comércio e à agricultura. Os pitagóricos pregavam que o conhecimento matemático deveria ser estudado apenas pelo