PISOS E REVSTIMENTOS
História do revestimento
Portugal, apesar de não ser grande produtor de revestimentos cerâmicos, foi o país europeu que, a partir do século XVI, mais utilizou o revestimento cerâmico em seus prédios
Já no século XV são encontrados Palácios Reais revestidos, em seu interior, com azulejos. Mas é a partir do século XVI, com uma produção regular de revestimento cerâmico no país, que seu uso se torna freqüente em igrejas, conventos e em Palácios Nobres da alta burguesia. O uso, em sua maioria, se restringia aos interiores, em forma de tapetes , ou apenas como material ornamental. Quando utilizado exteriormente, limitava-se ao revestimento de pináculos e cúpulas das igrejas devido seu alto custo.
As residências portuguesas eram revestidas, em sua maioria, por azulejos de produção industrial, tendo algumas revestidas por peças de produção exclusiva. A utilização do revestimento cerâmico nas fachadas vieram a modificar a paisagem urbana de toda Portugal, proporcionando alegria ao país e aumentando ainda mais seus gosto por esse material secular.
Quinta de Beau Sejor Benfica; Portugal, século XIX, in Alcântara
Do mesmo modo que Portugal, no Brasil o revestimento cerâmico tinha um alto custo, sendo aplicado, em sua maioria, nos interiores. De forma gradual começa a ser utilizado em pátios, jardins e, por fim, no final do século XVIII, se expande para as fachadas.
De início, as fachadas eram revestidas por cerâmica por motivos climáticos, devido suas qualidades antitérmicas e de durabilidade. Juntamente com a conservação oferecida por este material, as pessoas descobriram a beleza proporcionada por ele e seu uso se difundiu pelo país principalmente no norte, nordeste e Rio de Janeiro.
Painel de Cândido Portinari no Palácio Gustavo Capanema, Antigo MEC, Rio de Janeiro-RJ