Piramides
1. Introdução Das mais de oitenta pirâmides já encontradas pelos arqueólogos no Egito, uma se destaca pela grandiosidade e impressionismo de suas dimensões, a grande pirâmide do faraó Quéops (Figura 1), soberano da IV dinastia. A imponente construção emerge das areias na planície de Gizé, margem ocidental do rio Nilo, a 8 km do Cairo, capital do Egito. Única das sete maravilhas do mundo antigo ainda em pé, durante 4000 anos foi a construção mais alta do mundo com espantosos 147 metros de altura. Próximo a pirâmide de Quéops, estão as pirâmides de seu filho, Quéfren, que o sucedeu no trono, o qual foi sucedido por Miquerinos, formando um complexo piramidal que até hoje fascina as pessoas no mundo todo. Este artigo tem como foco os aspectos que envolveram o projeto de construção da grande pirâmide de Quéops. A intenção é promover uma analogia entre as técnicas de construção utilizadas pelos egípcios a 4500 anos atrás e as modernas práticas da gerência de projetos conforme demonstrado no guia Project Management Body of Knowledge (PMBOK), produzido pelo Project Management Institute (PMI). Este comparativo se dará através de algumas das áreas do universo do conhecimento da gerência de projetos : gerenciamento do escopo, gerenciamento do tempo, gerenciamento dos custos, gerenciamento da qualidade, gerenciamento dos recursos humanos e gerenciamento do risco. Muitas controvérsias existem em relação a forma que as pirâmides foram projetadas e construídas. Isto se explica devido a grandiosidade da obra (milhões de blocos de granito, alguns com dezenas de toneladas) aliada as raras escritas relatando os processos e tecnologias utilizadas no projeto. Este artigo desviase dessas especulações, centrando-se na hipótese clássica descrita pelo historiador grego Heródoto1 , e no descobrimento de muitos detalhes construtivos através de estudos arqueológicos detalhados