Pipoca com guarana
O jingle, Pipoca na panela, começa arrebentar... foi a estratégia que a Guaraná Antártica usou para fazer com que os consumidores comprassem a Guaraná sempre que comessem pipoca, e já que a pipoca era o produto mais consumido dentro dos cinemas, obviamente a Guaraná Antártica teria de acompanhá-la. E foi um sucesso esse marketing, pois todos que falavam a palavra ?pipoca? recordavam-se do jingle e sentiam vontade de beber Guaraná.
O ritmo da música, por ser pop, agradou a todos os tipos de pessoas, pois não definia um gênero nem estilo, era simples, divertida, ritmada e fácil de cantar, porque não precisava ser um vocalista nato, já que o vocal era cantado à capela.
Quem não se lembra desses versos que marcaram época na propaganda brasileira? O ano foi 1991. A DM9DDB em parceria com a MCR produziu um dos jingles mais cantados e lembrados de todos os tempos. Dezoito anos depois, ainda é impossível não remeter pipoca com guaraná tamanho foi o sucesso da campanha para a Guaraná Antarctica.
A associação entre os dois produtos foi brilhante. Se por um lado estimulou-se a lembrança da pipoca salgada, por outro a “solução” aparece; o Guaraná Antactica, um programa legal.
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Os americanos tentaram induzir os frequentadores das salas de cinema a comer pipoca com Coca Cola, 1957, numa estratégia coordenada por James Vicary, cujo objetivo era mesmo medir os efeitos da propaganda subliminar. A cena aparecia em 6 flashes quase invísiveis durante a exibição do filme Picnic numa sala de Nova Jersey. O Vicary nada provou e essa sua experiência foi parar apenas nos livros de publicidade; um dia descobriu-se que as suas pesquisas tinham sido manipuladas. Não sei se Nizan Guanaes tinha referências das ações de Vicary quando lançou em 1991 no Brasil a hoje antolôgica campanha Pipoca com Guaraná que também tinha a versão Pizza com Guaraná, mas apenas a primeira obteve um “Recall”